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5 comportamentos abusivos do Borderline

Comportamentos Associados ao Transtorno de Personalidade Borderline

Comportamentos Associados ao Transtorno de Personalidade Borderline

Publicado em: 14 de Junho de 2025, 11:48 AM -03 | Categoria: Saúde Mental

Pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) não são abusivas por definição. No entanto, devido à instabilidade emocional intensa e aos padrões de relacionamento disfuncionais, elas podem exibir comportamentos que prejudicam outras pessoas, muitas vezes sem intenção consciente de causar dor. Por exemplo, esses comportamentos podem surgir de medos profundos, como o abandono ou a rejeição. Portanto, compreender essas dinâmicas é essencial para apoiar quem convive com o TPB e promover relacionamentos mais saudáveis. A seguir, exploramos cinco comportamentos que podem ser percebidos como abusivos em alguns casos, suas causas e estratégias para enfrentá-los. Para mais informações, consulte recursos confiáveis como a Mayo Clinic ou a NAMI.


1. Explosões Emocionais e Agressividade Verbal

Primeiramente, pessoas com TPB frequentemente enfrentam dificuldades em regular emoções intensas. Por exemplo, uma pequena frustração, como um atraso ou um mal-entendido, pode desencadear reações desproporcionais, como gritos, acusações ou palavras duras. Assim, essas explosões emocionais podem parecer abusivas para quem está ao redor, especialmente devido à sua imprevisibilidade. No entanto, é importante notar que essas reações geralmente refletem a dor interna do indivíduo, e não uma intenção de ferir.

Para ilustrar, considere o caso de Ana, uma jovem com TPB que gritava com seu parceiro durante discussões triviais. Com a terapia dialética comportamental (TDC), Ana aprendeu a identificar gatilhos emocionais e a usar técnicas de pausa, como a respiração diafragmática, para se acalmar. Além disso, estudos, como os publicados no *Journal of Clinical Psychology* (2023), mostram que a TDC reduz a frequência de explosões emocionais em 65% dos casos. Portanto, intervenções terapêuticas são cruciais para transformar esses comportamentos. Para mais detalhes, consulte a Mayo Clinic.

Além disso, a agressividade verbal pode ser mitigada com o treinamento de habilidades interpessoais. Por exemplo, a TDC ensina a comunicar sentimentos de forma assertiva, reduzindo conflitos. Assim, pessoas com TPB podem aprender a expressar frustração sem recorrer a palavras ofensivas. Além disso, grupos de apoio, como os da NAMI, oferecem um espaço seguro para praticar essas habilidades. Portanto, combinar terapia individual com suporte comunitário é uma estratégia eficaz para gerenciar explosões emocionais.


2. Manipulação Emocional por Medo de Abandono

Em segundo lugar, o medo intenso de abandono pode levar pessoas com TPB a adotarem comportamentos manipulativos. Por exemplo, elas podem usar chantagem emocional, como ameaças de autolesão, para evitar que alguém se afaste. Embora esses comportamentos possam parecer abusivos, eles frequentemente surgem de uma necessidade desesperada de conexão, e não de malícia. Assim, compreender a origem desse medo é essencial para abordar o problema com empatia.

Um caso comum é o de João, que ameaçava se machucar quando seu parceiro planejava viajar. Com a terapia cognitivo-comportamental (TCC), João aprendeu a questionar pensamentos catastróficos, como “se ele viajar, nunca mais voltará”. Além disso, a Psychology Today destaca que a TDC é eficaz para ensinar tolerância ao desconforto emocional. Portanto, essas intervenções ajudam a reduzir comportamentos manipulativos, promovendo relacionamentos mais saudáveis.

A pesquisa indica que o medo de abandono está ligado a alterações na amígdala, conforme estudos de neuroimagem de 2024. Por isso, terapias como a TDC focam em habilidades de regulação emocional, ajudando a pessoa a enfrentar a ansiedade sem recorrer à manipulação. Além disso, a validação emocional, uma técnica central da TDC, permite que o indivíduo se sinta compreendido sem manipular os outros. Assim, o suporte terapêutico é fundamental para transformar essas dinâmicas.


3. Idealização e Desvalorização

Além disso, um traço marcante do TPB é a alternância entre idealizar e desvalorizar pessoas próximas. Por exemplo, alguém com TPB pode colocar um amigo em um pedestal e, logo após, criticá-lo duramente por uma decepção. Essa oscilação pode ser emocionalmente exaustiva para os outros, gerando confusão e insegurança. No entanto, esse comportamento reflete a dificuldade em manter uma visão equilibrada das relações.

Considere o caso de Maria, que elogiava excessivamente sua colega de trabalho, mas a desvalorizava após pequenos desentendimentos. Com a terapia baseada em esquemas, Maria aprendeu a identificar padrões de pensamento dicotômico (“tudo ou nada”). Além disso, a Healthline sugere que a prática de mindfulness ajuda a estabilizar essas percepções. Portanto, intervenções focadas na reestruturação cognitiva são eficazes para reduzir esse comportamento.

Estudos de 2023 da *American Psychological Association* mostram que a idealização e desvalorização estão ligadas à instabilidade da autoimagem no TPB. Por isso, terapias como a TDC ensinam habilidades de observação neutra, ajudando a pessoa a evitar julgamentos extremos. Além disso, a prática de diários reflexivos pode promover uma visão mais equilibrada das relações. Assim, combinar terapia com estratégias práticas é essencial para enfrentar esse desafio.


4. Controle e Possessividade

Outro desafio comum é o comportamento controlador, frequentemente motivado pela ansiedade de rejeição. Por exemplo, pessoas com TPB podem exibir ciúmes excessivos ou checar constantemente o paradeiro de seus parceiros. Embora esses comportamentos possam parecer abusivos, eles geralmente refletem inseguranças profundas. Assim, abordar a raiz dessa ansiedade é crucial para mudar esses padrões.

Um exemplo é Pedro, que monitorava as redes sociais de sua namorada por medo de traição. Com a TDC, ele aprendeu técnicas de tolerância ao desconforto, como a “aceitação radical”, que o ajudaram a reduzir a possessividade. Além disso, a WebMD recomenda exercícios de confiança para fortalecer relacionamentos. Portanto, a terapia pode transformar dinâmicas controladoras em conexões mais saudáveis.

A pesquisa sugere que a possessividade no TPB está ligada a uma hipervigilância emocional, conforme estudo de 2024 no *Journal of Personality Disorders*. Por isso, técnicas como a meditação guiada ajudam a reduzir a ansiedade subjacente. Além disso, o treinamento de habilidades interpessoais fortalece a comunicação, diminuindo a necessidade de controle. Assim, a combinação de terapia e prática diária é fundamental para superar esse comportamento.


5. Falta de Responsabilidade pelos Próprios Atos

Por fim, algumas pessoas com TPB enfrentam dificuldades em assumir a responsabilidade por suas ações. Por exemplo, elas podem culpar os outros por suas reações emocionais, criando uma dinâmica tóxica. No entanto, essa tendência geralmente reflete a dificuldade em lidar com a culpa ou a vergonha. Assim, o suporte terapêutico é essencial para promover a accountability.

Um caso ilustrativo é o de Clara, que frequentemente atribuía suas explosões emocionais ao comportamento de seus amigos. Com a terapia baseada em esquemas, ela aprendeu a reconhecer o impacto de suas ações e a pedir desculpas de forma construtiva. Além disso, o NIMH destaca que a validação emocional ajuda a reduzir a defensividade. Portanto, terapias focadas na autorreflexão são eficazes para esse desafio.

Estudos de 2024 mostram que a falta de responsabilidade está ligada à baixa tolerância à culpa no TPB. Por isso, a TDC ensina habilidades de resolução de conflitos, ajudando a pessoa a assumir responsabilidade sem se sentir sobrecarregada. Além disso, práticas como a escrita reflexiva promovem maior autoconhecimento. Assim, combinar terapia com estratégias práticas é uma abordagem poderosa para transformar dinâmicas tóxicas.

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